sábado, outubro 23, 2010


Por momentos, ao ler um texto num blog, após imenso tempo parado, apercebi-me, que também estou no mesmo impasse. Foram vários os textos de visões da vida, de sofrimentos, lágrimas e amores, que publiquei aqui. Os sentimentos são tão intensos, que sentimos vontade de falar com nós próprios, numa tentativa de descobrir alguma resposta para tantas perguntas. Não é difícil falarmos de todos estes momentos que nos fazem sofrer, quem nunca o fez, tantos artistas, tantas pessoas anónimas, este ou aquele, que num momento de solidão sentiu necessidade de deitar para fora tudo aquilo que o atormenta.

Num destes momentos, descobri que já não sou tão capaz de explicar ao mundo a minha indignação, a minha frustração, a minha tristeza, para que duma maneira mais simples consiga me entender a mim mesma. Numa reflexão do último texto da Ni, reparei que tal como ela, deixámos de ter coragem de mexer no assunto, muito menos de entranhar no assunto que nos atormenta, tentamos a todo o custo passar por cima dele, numa tentativa de o esquecermos. Assim, deixamos de reflectir sobre nós, sobre os nossos dilemas, e não falamos, não comunicamos, não explodimos para fora tudo o que nos assola, para não termos de nos deparar com ele mesmo. Confesso que seja a maneira mais fácil de sobreviver a este mundo, sem sofrer, pois em vez de deixarmos fluir tudo o que está cá dentro, passamos para outro nível, para podermos continuar a trabalhar, sorrir, respirar, viver, sem um nó no peito a atormentar.

Estou num estado neutro, afundando-me num poço. Poderia dizer que estou no fundo do poço, e que bati bem lá no fundo, mas como me disse um dia um amigo, o fundo do poço é o melhor lugar do poço, porque enquanto não lá chegas, debates-te por vir à superfície, e quanto mais lutas mais te afundas, quando chegas ao fundo, mais para baixo não podes ir, logo tens ali terra firme para te impulsionares e vires à tona muito mais rápido e sem te afogares pelo caminho. neste momento ainda me estou a debater para sobreviver, ansiando chegar ao fundo do poço, para como a fénix renascer das cinzas, com uma nova alma.



Pensamentos perdidos, de uma alma desorientada*#$5!":...

sábado, julho 31, 2010

Summer session experiense

Acordo, abro a janela, o calor apodera-se de mim, vento de serra, lestada na gíria surfista. O dia prometia, e com o tempo assim, avizinhavam-se boas ondas.
Já com muita ansiedade visualizámos o mar, e com o espanto já preparado pudemos verificar o quão poderoso estava o pico. Á muito que não se via ondas assim. Apressados, pegamos no material rápido nos dirigimos para a frente marítima, como se fossemos crianças em busca de um doce. O coração palpitava de tanta vontade de deslizar naquelas paredes tão perfeitas. O mar estava vidrado, não havia linhas provocadas pelo vento e a onda corria certinha.
Não estava ninguém na água aquela hora, talvez por ninguém estar à espera de clima tão tropical como o que víamos.
Nunca tinha visto algo tão perfeito na zona.
Aquecemos e logo nos pusemos a remar para fora do pico. Ainda sem recuperar o fôlego vejo o meu colega apanhar a onda perfeita que suavemente rebentava atrás dele, e logo sucessivamente todos nós apanhámos também. Momento de êxtase e de libertação de ansiedade, o desejo tinha sido cumprido. Meia hora depois da nossa entrada na água, começavam a chegar os primeiros apaixonados, tal como nós, procurando a invejável onda. Estávamos tão estupefactos com tal fenómeno aquático, que nos mantivemos ali todos, a apanhar onda após onda, durante 3 horas. Os braços já não aguentavam mais uma remada e assim que a maré parou, cai com ela a onda que prometia voltar ao fim da tarde.
Já muito mais frescos e extremamente cansados, saímos da água de arrasto. Tinha sido das melhores sessões aquáticas alguma vez feitas por nós. Vencidos pelo cansaço, prometemos voltar.
Por sinal o pico manteve-se todo o dia, apesar da maré, mas com menos força.
Recordámos aquelas ondas fantásticas toda a tarde, onde merecidamente tivemos o nosso descanso. Assim que voltou a meia- maré, voltou de novo a ansiedade de mais uns deslizes. Com pena pudemos nos aperceber que a brisa de norte que levantou à tarde, tinha destruído a força daquele pico perfeito, surfado de manhã.
Decidimos apanhar umas ondas para satisfazer o ego. Numa sessão muito mais tranquila ao por do sol, foi possível perceber a magia daquele dia e daquele mar, que nos proporcionou ansiedade, alegria, dor, sofrimento em benefício próprio, satisfação e relaxamento físico e espiritual, que ficou marcado na memória. Um dia que seria igual a tantos outros, com a mesma rotina, tornou-se num momento único.
Ana Costa
Torreira

sexta-feira, maio 14, 2010

quinta-feira, abril 15, 2010

New generation


Slamball
Mistura de Basquetebol, Ginástica de aparelhos e Hoquei.



Aussie
Desportos da nova geração!



Jorkyball (do género do anúncio da nike dentro da jaula)


Grettings*